Os resíduos sólidos são materiais considerados sem utilidade ou perigosos para a natureza e o bem-estar do ser humano. Tanto o descarte quanto a eliminação deve ser feito com cuidado.
As lâmpadas fluorescentes encontram-se entre esses materiais por conter altas concentrações de mercúrio, um metal altamente nocivo, cujo fim deve ser acompanhado de perto – especialmente depois que as lâmpadas forem inutilizadas.
Uma das medidas para assegurar esse procedimento está na Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei federal vigente desde 2010. Um de seus artigos prevê que fábricas e indústrias que produzem as lâmpadas, bem como empresas que as comercializam, devem se empenhar na coleta e tratamento dos produtos para garantir a descontaminação e reciclagem dos materiais que os compõem, a logística reversa.
Destino correto
As lâmpadas fluorescentes são mais eficientes energeticamente e têm tempo de vida mínima de 6.000h, superior ao de lâmpadas incandescentes, representando uma economia entre 70% e 80% no consumo de energia.
Para que esse crescimento avance de forma ordenada, é preciso garantir que os resíduos sejam dispensados com responsabilidade a partir de duas premissas básicas: maior disseminação do conhecimento e conscientização do processo de descarte e manipulação deste material.
Comece procurando os fabricantes das lâmpadas. Eles têm responsabilidade na administração e, se for o caso, no recolhimento desse material no pós-consumo. As informações nas próprias embalagens ajudam a encontrar informações de contatos.
Uma alternativa para o encaminhamento adequado são os postos de coleta capacitados.
Os outros componentes da lâmpada, incluindo vidro, alumínio e pó fosfórico, são separados e encaminhados para dois destinos mais adequados:
– Vidro: empresa que faz a reciclagem para a produção de pisos;
– Mercúrio: retirado, tratado e encaminhado à Universidade de São Paulo (USP);
– Metal: vai para uma cooperativa.
Precauções e medidas
Caso a lâmpada quebre, é preciso tomar alguns cuidados. Além dos detritos, a poeira liberada contém altos níveis de toxidade – o vapor de mercúrio é um dos mais nocivos.
A longa exposição a esse tipo de material (em alguns casos, até o mínimo contato) pode levar tanto a reações alérgicas e outros malefícios como febre, diarreia, delírios e fraqueza, quanto ao mau funcionamento do organismo, provocando úlceras e afetando o metabolismo celular.
Se você se deparar com uma situação dessas, fique atento às orientações abaixo:
– Afaste-se do local por, ao menos, 15 minutos e certifique-se de que ele está sendo bem ventilado;
– Não utilize um aspirador para juntar o conteúdo da lâmpada. Isso pode fazer com que outros locais sejam contaminados quando o aparelho voltar a ser usado;
– Use luvas e, se possível, um avental para ter o mínimo de contato possível com o material tóxico;
– Envolva os cacos em uma flanela e coloque-a em um saco plástico;
– Para recolher eventuais cacos remanescentes utilize papel toalha úmido;
– Lacre de imediato com fita adesiva. Verifique se ele está bem vedado para evitar que o gás continue a ser dissipado;
– Deixe o material recolhido separado para levar a um posto de coleta ou até que ele seja retirado mediante notificação da empresa contatada;
– Recomenda-se também a limpeza do local onde a lâmpada ficou exposta com água sanitária misturada à água para descontaminá-lo por completo;
– Lave bem as mãos com água corrente e sabão neutro, de preferência.
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